Para muitos, dirigir é uma tarefa necessária para manutenção da rotina diária e compromissos. Para outros, é um hobby ou um esporte. E há aqueles que usam a direção como sua principal atividade profissional, demandando um grau de prudência redobrada. Seja em veículos leves, como um carro ou camionete, e em veículos mais pesados, como vans, caminhões e máquinas, os motoristas têm um papel fundamental dentro da sociedade, garantindo a manutenção de diversos serviços que utilizamos diariamente, carregando consigo uma enorme responsabilidade social.
Esse compromisso cresce ainda mais quando inserimos o fator trânsito no contexto. Com ruas e estradas cada vez mais lotadas, a atenção e cuidado precisam evoluir na mesma medida, pois o trânsito é o espelho do comportamento coletivo. Dados impactantes mostram que acidentes de trânsito representam uma parcela considerável no número de fatalidades que ocorrem no Brasil. A maior parte dos atendimentos envolvem motoristas, seguidos por pedestres e ciclistas. Estamos tomando as medidas necessárias para reduzir essa estatística?
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Comportamento, atenção e o desafio das empresas na prevenção
Como todo grande problema, não existem soluções mágicas, assim como não existem culpados isolados. Um acidente, conforme a definição do dicionário, se caracteriza como “acontecimento casual, fortuito, inesperado; ocorrência.”. Entretanto, existem maneiras relevantes de trabalharmos na prevenção. Estima-se que mais de 90% dos acidentes de trânsito possam ser causados por imprudência. Pressa, sono, distração, uso de celular são algumas das principais causas, e não posso deixar de citar também a falta de manutenção e infraestrutura. Se por um lado o comportamento humano é a causa, por outro a tecnologia pode ser parte da cura.
A tecnologia se torna parte da solução
O monitoramento e a gestão de frotas aparecem como um forte aliado para tornar o nosso trânsito ainda mais seguro e humano. Com a inteligência artificial, empresas conseguem monitorar e controlar sinais de fadiga e cansaço, uso de celular, uso de cigarro e distração do motorista, com um sensor instalado dentro da cabine. Junto a isso, é possível monitorar a parte frontal do veículo, com sensores que identificam risco de colisão e troca de faixa constante, podendo indicar um sinal de perigo. Tudo isso registrado e enviado em tempo real para o gestor, para que ações possam ser tomadas antes de algo mais grave acontecer.
A tecnologia sozinha não muda o trânsito, mas quando unida à educação, à infraestrutura e à responsabilidade coletiva, transforma o modo como nos movemos e gerenciamos nossos recursos. É esse o propósito que move iniciativas como a Verden, nascidas em Santa Maria e apoiadas por ambientes de inovação como o InovaTec UFSM Parque Tecnológico e Pulsar Incubadora da UFSM: usar o conhecimento produzido aqui para tornar as estradas de todo o país mais seguras, humanas e inteligentes.